Portugal e Angola, 2018
Duração: 85 minutos
Direção: Bernardo Gramaxo

Kalunga é a palavra do Kimbundo que significa mar. Mas como muitas outras palavras das línguas nacionais angolanas, Kalunga significa também Imensidão e Morte. Desde tempos ancestrais o Atlântico é encarado pelo povo angolano como uma entidade poderosa, à qual as populações têm muito respeito. Foi pelo mar que chegaram os navegadores portugueses, que partiram os escravos e tantos pescadores perderam, e ainda perdem, a vida. Criaram-se mitos e alimentaram-se medos, deixando centenas de quilómetros de costa por explorar. Em 2014, três surfistas internacionais aceitam o desafio: viajar a costa deste país de norte a sul e descobrir uma Angola que poucos viram. Alex, Chloé e Emiliano vão conhecer um país que a guerra deixou escondido durante 40 anos. Entre lugares recônditos e aventuras improváveis, encontram uma pequena comunidade de jovens surfistas angolanos: uma geração destemida que mudará o significado de Kalunga e que sonha com o futuro de Angola. Uma viagem em que o surf revela o que há para além das ondas, assumindo-se como uma experiência de fusão cultural, simbiose com a natureza e uma ferramenta de inclusão social.